A presença de tumores cerebrais pode ser identificada pela presença de anomalias neurológicas na anamnese e no exame clínico neurológico do animal. Entretanto, outras causas podem levar à um quadro clínico semelhante (inflamações, doenças degenerativas). Para se ter certeza da causa, é necessário visualizar o tumor.
Exame clínico e neurológico
Durante o exame neurológico, o cão deve ser avaliado quanto a dores no pescoço e inconformidades na forma como as patas são (re)posicionadas.
Análises de sangue e urina
As análises ao sangue e urina do animal fornecem informações sobre o seu estado geral.
Ecografia
Em 23% dos cães com tumores cerebrais existem tumores concomitantes que não estão relacionados com o cerebral. Para encontrá-los é aconselhável a realização de uma ecografia abdominal
Radiografia
Através da realização de radiografias em diferentes ângulos é possível observar metásteses (quando grandes o suficiente) nos pulmões ou até um segundo tumor. É, no entanto, raro que o tumor (meningioma) cause um aumento local de osso ou até mesmo destruição óssea.
As radriografias do crânio não fornecem informações úteis no caso dos tumores cerebrais.
Ressonância Magnética
A ressonância magnética é a técnica de visualização preferencial para tumores cerebrais. Nas imagens é possível fazer distinção entre meningites e gliomas (o meningioma desloca o tecido cerebral, absorve contraste de maneira uniforme e tem delineação clara, enquanto o glioma tem maiores probabilidades de penetrar no tecido circundante, absorve o material de contraste de forma não uniforme e diversas vezes não tem um delineamento claro). Posto isto, existe excepções à regra. Um estudo com ressonância magnética, em cerca de 70% dos casos, a ressonância magnética consegue diferenciar o tipo do tumor. O diagnóstico definitivo é possível apenas através da recolha de uma amostra de tecido (que só pode ser obtida após a localização da biópsia ter sido cuidadosamente determinada).
Liquido cefalorraquidiano
Ainda não é claro qual a importância ou necessidade de avaliar o líquido cefalorraquidiano em cães com tumores cerebrais. Este costuma ser anormal, no entanto nao fornece informações específicas sobre o tumor. Se estiver presente um tumor dos vasos sanguíneos cerebrais (tumor do plexo coróide), o liquido cefalorraquidinano pode indicar se é benigno ou maligno. A visualização do tumor (via ressonância magnética) é sempre aconselhada antes da realização de uma punção do líquido, uma vez que pode apresentar um risco. Quando a pressão intra craniana é elevada, a punção do líquido cefalorraquidiano pode conduzir a uma perda repentina depressão que pode causar uma mudança na localização de uma parte do tumor e até mesmo a morte.